quarta-feira, 25 de abril de 2012

Na Rio+20, indígenas brasileiros e latino-americanos cobrarão ações das autoridades da região



Indígenas brasileiros e de outros países latino-americanos vão cobrar ações estratégicas dos governos para o movimento que representam durante a Conferência Rio+20, de 13 a 22 de junho no Rio de Janeiro. A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) espera reunir 1.200 indígenas latino-americanos, dos quais cerca de 800 brasileiros.
Caso a previsão se confirme, será o maior encontro indígena internacional de todos os tempos, segundo a entidade. Três temas terão destaque nas conversas, no período de 17 a 22 de junho, quando os grupos indígenas estarão reunidos no Rio.
"Estamos nos articulando para que o mundo nos ouça, por meio de estratégias de comunicação e da internet. Não estaremos tanto na agenda oficial [da Conferência Rio+20], mas estaremos em salas, em palestras, divulgando a nossa causa", disse o coordenador-geral da Coiab, Marcos Apurinã.
Os temas propostas para discussão, segundo os líderes indígenas, são as estratégias para a demarcação de terras, formas de pressionar os governos nacionais a aplicar a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que determina consulta aos indígenas quanto a obras ou políticas que possam afetá-los, e o modelo de desenvolvimento nos países da região, que inclui grandes obras.
Para abrigar todos os indígenas, será erguido no Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio, um acampamento com 32 tendas, que terão estrutura para refeições, para a montagem de redes e banheiros. Haverá linhas de transporte gratuitas entre o acampamento e a conferência, na Barra da Tijuca (zona oeste da cidade).

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